Maputo, 18 Jun (TPress) – Moçambique perde anualmente entre 60 a 70 milhões de dólares Norte americanos como resultado da pesca ilegal, fuga ao fisco por parte das embarcações não licenciadas para efectuar operações marítimas, anunciou esta semana, o Instituto Nacional de Mar (INAMAR).
Segundo o porta-voz do INAMAR, Leonid Chimarizene, o governo moçambicano, em parceria com os países membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), está a trabalhar de modo a combater a pesca ilegal.
“Uma embarcação que não está no circuito legal acaba prejudicando o país de várias formas. A pesca ilegal não se combate de forma individualizada, é por isso que estão aqui os países da região”, disse Chimarizene.
Chimarizene disse em declaração ao Nosso jornal, em Maputo, a margem da 2ª Reunião do Grupo de Trabalho Operacional do Centro Regional de Coordenação de Monitorização, Controlo e Fiscalização da Pesca da SADC (MCSCC) que decorreu em Maputo e juntou países da região.
O governo de Moçambique tem estado a engajar-se cada vez mais no combate a pesca ilegal, razão pela qual coube ao país a responsabilidade de gerir o Centro Regional de Coordenação da Pesca da SADC (MCSCC).
O representante do Secretariado da SADC, Motsoki Hlastshwayo, manifestou o seu apreço com Moçambique, país anfitrião, por operacionalizar o MCSCC.
“Não é apenas Moçambique que está sofrer com a pesca ilegal, até porque o Centro está funcionar e ao mesmo tempo dar formação aos países da África Austral”, disse Hlatshwayo.
“Também partilha de informações com os países membros da SADC e possui drones para verificar que tipo de embarcação temos nas nossas águas e essa informação é enviada para outros países de modo a aferir a sua legalidade”, explicou a fonte.
Questionado sobre a possibilidade de estancar definitivamente a pesca ilegal no país e na região, disse: “Não é um assunto pequeno, é necessário investir em instrumentos que poderão ajudar na redução de crimes de pesca ilegal”.
Fez saber que o projecto sob gestão do governo moçambicano está orçado entre dois à cinco milhões de dólares norte americanos.
“O que nós queremos é combater indivíduos que escalam o território moçambicano para retirar enormes toneladas do pescado de forma ilegal”, disse o representante do Secretariado da SADC. (X)