Mais de 21 milhões de pessoas estão em risco alimentar na região do corno de África, que entrou na quinta estação consecutiva de seca. Sem a ajuda humanitária que recebe, a área entraria rapidamente em uma situação de fome que poderia custar a vida de centenas de milhares de pessoas.

A região está sob efeitos da mais longa e severa seca de sempre, ameaçando milhões de pessoas com fome e uma grave crise humanitária que cresce rapidamente.

De acordo com especialistas, a seca contínua e os altos preços dos alimentos reduziram a capacidade de muitas pessoas de cultivar, criar gado e comprar alimentos.

Há pouco mais de um mês, um consórcio de 16 organizações internacionais que integra a Earth Observatory, emitiu uma declaração alertando sobre a deterioração da crise de segurança alimentar na Somália, Quênia e Etiópia. Segundo o comunicado, a perda em grande escala de alimentos e renda nos últimos dois anos, principalmente devido à seca, deixou 21 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar em toda a região.

Mais de três milhões de pessoas enfrentam níveis de emergência de insegurança alimentar, o que significa que passam regularmente um dia ou mais sem comida e venderam seus bens para ganhar dinheiro para sobreviver.

Na Somália, por exemplo, a seca forçou mais de 1,3 milhão de pessoas a abandonar suas fazendas e migrar para locais de deslocamento, aumentando a crise migratória.